A classe média brasileira responde atualmente por 53,1% da população, com 102,6 milhões de integrantes, segundo levantamento da empresa de pesquisas Data Popular, feito em julho de 2011. A consultoria, especializada em estudos de novos consumidores, prevê que a chamada "nova classe média" chegue a 58% dos brasileiros até 2014, principalmente devido à expansão do emprego formal. Segundo o sócio-diretor da Data Popular Renato Meirelles, três fatores principais estão diretamente relacionados à expansão da nova classe média: o aumento do empregoformal, qe viu em 2010 a criação de 2.524.678 vagas, o crescimento da escolaridade e a maior participação da mulher no mercado de trabalho. "O aumento da renda não vem do Bolsa Família. Ele serviu para tirar pessoas da classe E e entrarem na D, mas tem pouca influência na classe média", diz. De acordo com Meirelles, cada ano de estudo pode incrementar em até 15% os salários, e só o 13º salário do empregado formal já equivale a 16 meses de Bolsa Família. O programa governamental contempla cerca de 12 milhões de famílias brasileiras, de acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com auxílio que varia entre R$ 32 a R$ 242. Um outro estudo, feito pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou que desde 2003 até maio deste ano 39,5 milhões de pessoas entraram na classe C. No mesmo período, aproximadamente 24,6 milhões de pessoas saíram da classe E, e 7,9 milhões da classe D. O estudo considera classe C as famílias que ganham entre R$ 1.200 e R$ 5.174 por mês. Segundo os dados da FGV, a classe C em 1993 era formada por 45.646.118 pessoas, e em 2011, por 105.468.908 pessoas. As classes A e B, de 8.825.702 integrantes naquele ano, subiram menos, para 22.526.223, e as classes D e E foram reduzidas de 92.868.780 para 63.592.062 em 2011.
A configuração vertical clássica da estrutura econômica da população brasileira - uma pirâmide, com os mais pobres na base - perde, então, sua atualidade, para ser substituída por um losango, em que a faixa do meio da figura (classe C) é mais larga em relação à base e o topo.
O município com maior concentração de classe C no Brasil, de acordo com a FGV, é Santa Maria do Herval (RS), com 80,06% da população pertencente a essa classe econômica. Em seguida, aparece mais uma cidade gaúcha, São José do Hortêncio (79,75%), e uma catarinense, Botuverá (79,53%).
No outro extremo, Niterói tem 30,7% da população na classe A, seguido de Florianópolis (27,7%), Vitória (26,9%), São Caetano (26,5%), Porto Alegre (25,3%), Brasília (24,3%) e Santos (24,1%). A capital paulista ficou na 17ª posição da lista (17,71%).
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