
MPEs se beneficiam da expansão econômica
Sebrae ressalta a importância da qualificação e o preparo prévio para a criação de novos empreendimentos
Sebrae ressalta a importância da qualificação e o preparo prévio para a criação de novos empreendimentos
Clarisse de Freitas
O crescimento da economia brasileira deu o empurrão necessário para que a taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas (MPEs) passasse de 71,9% entre as abertas no ano de 2005, para 73,1% entre aquelas que começaram as atividades no ano seguinte. Os dados da pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) consideram os dois primeiros anos de atividade.
Os matizes do ambiente econômico, traduzidos no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% em 2005, 4% em 2006, 6,1% em 2007 e 5,2% em 2008, foram percebidos de forma diferente em cada parte do País. O Sudeste puxou a média nacional de sobrevivência. Naquela região, 76,4% das micro e pequenas empresas constituídas em 2006 se mantinham ativas em 2008.
Na região Sul, o índice foi de 71,7%. No Nordeste, a média foi de 69,1%, no Centro-Oeste, 68,3% e no Norte, 66%. Para André Campos, assessor de Planejamento e Orçamento do Sebrae no Rio Grande do Sul, o impacto positivo do ambiente econômico nas pequenas empresas é inegável.
“Se analisarmos o ambiente pós-crise, veremos que as pequenas empresas foram as que menos demitiram. Pelo contrário, elas foram as que mais ofertaram vagas formais. Isso reflete no ambiente competitivo local e regional, abre espaço para um crescimento saudável”, avaliou Campos, ao apontar que a melhora do ambiente legal representada pela aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas também foi fundamental para elevar a sobrevivência.
A legislação, sancionada em 2006, já foi regulamentada por 406 municípios no Estado. Com isso, as micro e pequenas empresas passam a ter preferência nas compras governamentais. Uma facilidade que, alerta o assessor do Sebrae, não deve desviar a atenção que a qualificação precisa. Para Campos, o determinante para a sobrevivência no mercado segue sendo a qualidade dos produtos e serviços. Ele aponta que o aumento da capacidade de compra da população torna os consumidores mais exigentes.
Foi justamente essa a linha de trabalho escolhida pelo microempresário Jeferson Mundel para a empresa de produções artísticas Imagem Sonora, que ele abriu em Porto Alegre em 2007. “Por priorizar a qualidade do serviço, já praticamente deixei de participar de licitações. Embora a Lei Geral abra um espaço importante para as micro e pequenas empresas nas compras públicas, não consigo fazer um serviço de alto padrão e ainda competir em preço. Mas é fato que o Simples Nacional e o crescimento da economia beneficiaram as MPEs”, disse Mundel.
O administrador de empresas formado pela Unisinos apontou que durante os dois primeiros anos as dificuldades enfrentadas impuseram uma adequação no nicho de atuação da empresa, que foi do ramo musical para os eventos, a televisão e o cinema. Ele afirma que hoje, com a economia mais tranquila, os setores cresceram e a empresa formou núcleos para atender a cada segmento. “A maior dificuldade agora é encontrar pessoas que tenham perfil artístico e qualidade técnica”, disse o empreendedor, que ainda é reticente com relação às projeções para 2012.
Segundo a pesquisa, as micro e pequenas empresas que mais se beneficiaram do ambiente econômico entre 2006 e 2008 foram as do setor industrial do Sudeste. Entre elas, a taxa de sobrevivência alcançou 79,6%. Na região Sul, as novas indústrias tiveram uma taxa de 73,9%, no comércio o índice foi de 72,2% e nos serviços de 70,8%. Já na construção civil da região Sul só 65,4% das empresas sobreviveram aos dois primeiros anos de atividade.
Na avaliação de Campos, os dados indicam que existem possibilidades muito grandes de trabalho na construção civil, já que o setor está em alta e problemas de gestão e de falta de mão de obra dificultam a manutenção das pequenas empresas. “Temos uma ação intensa, coordenada às demais entidades do sistema S, para que a qualificação de pessoas e a profissionalização da gestão melhorem esse cenário”, afirmou.
O assessor ressaltou que, neste ano, o Sebrae já atendeu 130 mil empresas no Rio Grande do Sul, o que corresponde a cerca de 25% do universo de micro e pequenas empresas em atividade no Estado. A meta da instituição é chegar a 160 mil atendimentos até o final do ano.
Os matizes do ambiente econômico, traduzidos no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% em 2005, 4% em 2006, 6,1% em 2007 e 5,2% em 2008, foram percebidos de forma diferente em cada parte do País. O Sudeste puxou a média nacional de sobrevivência. Naquela região, 76,4% das micro e pequenas empresas constituídas em 2006 se mantinham ativas em 2008.
Na região Sul, o índice foi de 71,7%. No Nordeste, a média foi de 69,1%, no Centro-Oeste, 68,3% e no Norte, 66%. Para André Campos, assessor de Planejamento e Orçamento do Sebrae no Rio Grande do Sul, o impacto positivo do ambiente econômico nas pequenas empresas é inegável.
“Se analisarmos o ambiente pós-crise, veremos que as pequenas empresas foram as que menos demitiram. Pelo contrário, elas foram as que mais ofertaram vagas formais. Isso reflete no ambiente competitivo local e regional, abre espaço para um crescimento saudável”, avaliou Campos, ao apontar que a melhora do ambiente legal representada pela aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas também foi fundamental para elevar a sobrevivência.
A legislação, sancionada em 2006, já foi regulamentada por 406 municípios no Estado. Com isso, as micro e pequenas empresas passam a ter preferência nas compras governamentais. Uma facilidade que, alerta o assessor do Sebrae, não deve desviar a atenção que a qualificação precisa. Para Campos, o determinante para a sobrevivência no mercado segue sendo a qualidade dos produtos e serviços. Ele aponta que o aumento da capacidade de compra da população torna os consumidores mais exigentes.
Foi justamente essa a linha de trabalho escolhida pelo microempresário Jeferson Mundel para a empresa de produções artísticas Imagem Sonora, que ele abriu em Porto Alegre em 2007. “Por priorizar a qualidade do serviço, já praticamente deixei de participar de licitações. Embora a Lei Geral abra um espaço importante para as micro e pequenas empresas nas compras públicas, não consigo fazer um serviço de alto padrão e ainda competir em preço. Mas é fato que o Simples Nacional e o crescimento da economia beneficiaram as MPEs”, disse Mundel.
O administrador de empresas formado pela Unisinos apontou que durante os dois primeiros anos as dificuldades enfrentadas impuseram uma adequação no nicho de atuação da empresa, que foi do ramo musical para os eventos, a televisão e o cinema. Ele afirma que hoje, com a economia mais tranquila, os setores cresceram e a empresa formou núcleos para atender a cada segmento. “A maior dificuldade agora é encontrar pessoas que tenham perfil artístico e qualidade técnica”, disse o empreendedor, que ainda é reticente com relação às projeções para 2012.
Segundo a pesquisa, as micro e pequenas empresas que mais se beneficiaram do ambiente econômico entre 2006 e 2008 foram as do setor industrial do Sudeste. Entre elas, a taxa de sobrevivência alcançou 79,6%. Na região Sul, as novas indústrias tiveram uma taxa de 73,9%, no comércio o índice foi de 72,2% e nos serviços de 70,8%. Já na construção civil da região Sul só 65,4% das empresas sobreviveram aos dois primeiros anos de atividade.
Na avaliação de Campos, os dados indicam que existem possibilidades muito grandes de trabalho na construção civil, já que o setor está em alta e problemas de gestão e de falta de mão de obra dificultam a manutenção das pequenas empresas. “Temos uma ação intensa, coordenada às demais entidades do sistema S, para que a qualificação de pessoas e a profissionalização da gestão melhorem esse cenário”, afirmou.
O assessor ressaltou que, neste ano, o Sebrae já atendeu 130 mil empresas no Rio Grande do Sul, o que corresponde a cerca de 25% do universo de micro e pequenas empresas em atividade no Estado. A meta da instituição é chegar a 160 mil atendimentos até o final do ano.
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