
Dos 43 presos pela Operação Carcará, da Polícia Federal, 42 foram liberados entre sexta-feira (12) e este sábado (13). Permanece preso apenas o empresário Edison dos Santos Cruz, apontado como líder de um esquema de fraude em licitações e desvios de verbas de merendas escolares, compra de medicamentos e obras com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Segundo a PF, foram encontradas irregularidades em 20 municípios da Bahia. Entre os presos, estavam os prefeitos de Utinga, Joyuson Vieira (PSDB); de Cafarnaum, Ivanilton Oliveira (PSDB); de Lençóis, Marcos Airton Araújo (PR); de Aratuípe, Antônio Miranda Júnior (PMDB); de Elísio Medrado, Everaldo Caldas (PP); de Santa Terezinha, Delson de Gregório (PTB), e de Itatim, Raimunda Silva dos Santos (PSDB). O golpe causou um prejuízo estimado em R$ 65 milhões aos cofres públicos.
Joyuson Vieira, prefeito de Utinga, recebe apoio na saída da PF ontem à noite
Os presos tiveram pedidos de habeas corpus aceitos pelo Supremo Tribunal Federal na noite desta sexta-feira (12) - e começaram a deixar a sede da PF por volta das 22h. Os sete prefeitos estavam na sede da PF, em Água de Meninos, e os outros estavam na Cadeia Pública.
Líder
O empresário Edison dos Santos Cruz, que permanece preso, é o principal nome do esquema de fraudes com conexões em diversas empresas em nomes de laranja, que participavam das licitações. A maior era a Sustare Distribuidora de Alimentos, com sede em Itatim (Centro Sul). As investigações começaram em setembro de 2009, quando a polícia recebeu informações sobre desvio de recursos na Prefeitura de Itatim
O superintendente da PF na Bahia, José Maria Fonseca, informou que os prefeitos detidos são os que apresentaram maior robustez de provas. Ele não descarta a possibilidade de outros prefeitos e servidores também virem a ser identificados como colaboradores do esquema.
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